Durante o período de colaboração musical, enfrentamos desafios de comunicação e distanciamento. No entanto, tivemos a oportunidade de realizar um cachê com outro grupo, o que nos levou a considerar a formação de um duo. Após meses sem contato, em julho de 2010, decidimos iniciar o projeto.
Recebemos uma generosa doação de partituras do Sr. Ricardo, mas tivemos dificuldades em adaptá-las para a nossa formação de duo, devido à natureza orquestral dos arranjos. Essa limitação inicial foi agravada pela nossa inexperiência na área, falta de habilidades de venda e arranjos inadequados. Enfrentamos desafios inusitados, como a presença de patos na frente da casa onde atendíamos e a falta de cooperação dos noivos. Se alguém que vivenciou essa época estiver lendo, convidamos a compartilhar suas experiências.
Apesar das adversidades, nossa determinação em alcançar o sucesso era inabalável. O desejo de viver da música e abandonar nossos empregos anteriores nos impulsionava. No entanto, a falta de arranjos adaptados foi um obstáculo significativo por um longo período. A importância de possuir arranjos musicais adequados à nossa formação tornou-se evidente, e atualmente contamos com um talentoso arranjador para suprir essa necessidade.
Para enriquecer nossas performances, o Augusto decidiu aprender violão e começou a compor músicas nesse instrumento. Durante um período, contamos com a ajuda de um amigo como técnico de som em nossas cerimônias, mas sua mudança de cidade impossibilitou sua continuidade.
Enfrentamos diversas incertezas e desafios que exigiram soluções criativas. Por exemplo, a captação adequada dos instrumentos era uma questão complexa que demandou inúmeros testes e aquisição de diferentes modelos de captadores. Somente após um tempo considerável, conseguimos obter resultados satisfatórios. Vale ressaltar que, inicialmente, o captador do violino apresentava problemas elétricos, e improvisamos utilizando um cubo de guitarra com fita isolante.
Outro desafio significativo foi a precificação de nossos serviços. Concluímos que era necessário diversificar nossas ofertas para atrair mais clientes. Inicialmente, nos limitávamos a cerimônias religiosas, mas logo percebemos a oportunidade de também atuar em recepções.
Apesar de nosso desejo ardente de alcançar o sucesso, tínhamos crenças negativas que, inconscientemente, nos limitavam. Em determinado momento, decidimos colaborar com um DJ, utilizando violino e violoncelo elétrico. Essa abordagem não convencional gerou críticas de colegas músicos, mas persistimos e aprendemos com a experiência. Da mesma forma, iniciamos nossa atuação nas pistas de dança sem experiência prévia, assim como nas cerimônias, e gradualmente aprimoramos nossas habilidades nessa área.